# 00 Sara FIGUEIREDO . Inacessíveis, 2013.
Sara Figueiredo parte da arquitetura e desenvolve seus trabalhos em multi-meios, tendo sempre em conta, a sua relação com o espaço. Faz da impossibilidade o seu método de trabalho. Em suas arquiteturas, cria uma lógica particular para as suas construções, deixando a parte a praticidade, em razão dos valores estéticos, acabando por evocar incômodos visuais, de ordem física e psicológica, revelando inclusive, o que de certa maneira, tangencia a postura perversa e funcional da contemporaneidade. Os espaços e situações criados por ela nos fazem viajar na transmutação da utilização prática pela função estética. Atualmente o projeto desenvolve suas atividades dentro da plataforma virtual, mas leva em consideração uma de suas aspirações, que é – a transposição ao ambiente físico. Dentre seus objetivos-chave, o “Eixo” se coloca como um meio de promoção de produções recentes, igualmente carregadas de frescor e originalidade, onde, ao passo que cada exposição virtual for ocorrendo, serão criados os respectivos portfolios dos artistas, visando além da promoção de seus trabalhos, um meio de comercialização de suas obras.
Filipe Farias, Crítico e Historiador da Arte.
Proposta de Exposição: Criar um trabalho virtual e partindo deste conceito ilusório trazer o inacessível algo que não podemos acessar com o corpo.
Texto da parede:
A fusão de uma arquitetura visual com o não lugar ou lugares de não passagem. Transcender o princípio da arquitetura e retirar a sua função e trazer assim uma outra realidade ou virtualidade para o campo da arte. Desobedecer todas as regras, romper as limitações ou interdições formais.
Elementos que não oferecem acesso, que não se podem compreender, mas que estão ao nosso alcance. Tensões entre a percepção, espaço e subjetividade.
Espaços impossíveis, reais e virtuais utilizando como linguagem a escultura, objetos, fotografia, vídeo e imagem digital.
Instalação
concreto, acrílico e leds
Texto do artista (o artista, sobre o seu trabalho, sua linha de pesquisa, sua produção e etc.):
Os espaços... a ilusão dos espaços: essa é a linha central da minha produção e pesquisa na arte.
Trago a herança da minha formação em arquitetura para meus trabalhos. Desde o meu primeiro trabalho - chamado herança - aos trabalhos atuais é esse embasamento que desloco para o campo da virtualidade e das impossibilidades sem a preocupação de sua funcionalidade.
É real? É possível? É acessível? São perguntas frequentes sobre os meus trabalhos. A dúvida que deixo transparecer é o que me move. Fazer da ilusão algo real.
Crio espaços impossíveis, reais e virtuais utilizando como linguagem a escultura, objetos, fotografia, vídeo e imagem digital. O que me inspira é até onde vai a minha percepção sobre o meio que habitamos.