
TRABALHOS
Mistérios Mundanos
2020
Série Fotográfica Digital
Mistérios Mundanos é uma série de fotografias, ainda em desenvolvimento, que tem como base geográfica a comunidade costeira de Canoa Quebrada-CE, no nordeste do Brasil. As imagens refletem observações e minúcias dos signos que compõe seus cotidianos e ambientes internos, espreitando as maravilhosas contradições que ali habitam. A convivência entre conhecimentos empíricos, misticismos religiosos e saberes populares caracterizam uma mitologia própria local, herança de ramificações do sincretismo e da profunda conexão com a natureza.
O que eu vi quando você não estava lá 2016 Curta Metragem realizado em Super8
Duas vozes partilham narrativas de memórias imprecisas sugerindo um diálogo entre distintas personagens, temporalidades ou versões de si.
Rever 2017-2020
Curta Metragem realizado em 16mm
Rever como olhos virgens para o mundo. Rêver como sonhar. A ponte da língua e da experiência do encontro se faz através da palavra-palíndromo que tange ao mesmo tempo a reiteração da realidade e as inutilezas do onírico.
O corpo ritualiza o gesto e a voz declama palavras, ambos extirpados de sentido ou de propósito funcional, para se perderem no ninho de indeterminação, à espreita da poesia que habita às margens dos movimentos banais e da sonoridade das mensagens orais.
Rever
2017-2020
Curta-Metragem realizado em 16mm Duração 3'30''
Formato Final H264 1080p 16:9
O que eu vi quando você não estava lá 2016
Curta-Metragem realizado em Super8 Duração 5'
Formato Final H264 1080p 16:9
MINI BIO
Nasci no Rio de Janeiro em 1986, ano em que o cometa Halley foi visto pela última vez.
Meu percurso enquanto artista vem se configurando pela complementação dialética entre errâncias pelo mundo e estudos acadêmicos marcados por uma trajetória que perpassa os vários formatos possíveis do audiovisual.
Num primeiro momento, realizei curta-metragens que investigavam diferentes possibilidades estéticas e de linguagem, sobretudo à partir de restrições tais como re-interpretações de gêneros narrativos, imagens de arquivo e o uso do meio analógico (Super8 e 16mm).
À medida em que percorria os caminhos híbridos das artes, meus trabalhos se voltaram para a investigação poética do processo de formação da imagem, espectral ou residual, traçando paralelos entre o corpo e o aparato fotográfico, o olho e a lente, a pele e o filme, através de interferências e manipulações, propositais e ao acaso. O uso privilegiado de técnicas analógicas variadas parte do desejo de sistematizar o acaso como parte inerente do processo e catalisadora de descobertas, entendendo o dispositivo de criação de imagens como um lugar de experimentação, rico em aprendizado e pensamento, e propício para questionar a maneira como enxergamos a própria realidade.
Eventualmente, os processos realizados serviram como base para investigações afetivas em torno da ressignificação das memórias e da busca pelas origens (familiares e artísticas), agrupados sob a nomenclatura de Corpos Ausentes.
Recentemente, venho me debruçando, através de perspectivas documentais e ensaísticas, em pesquisas voltadas para o corpo em contraste e alinhamento com a natureza, e as tensões e possíveis formulações em torno do sentido de comunidade e de gênero.
(informações retiradas do portfólio da artista)