TRABALHOS
Monalises Giocondxs - 2018
fotoperformance
impressão em papel de algodão, adesivado em PS, fixado em chassi de madeira
84 x 52 cm
descrição do trabalho: a Monalisa, ícone da história da arte europeia, aparece relida, ao avesso. Aqui, é Monalises, no plural, e se a outra não revelava a verdade de seu sorriso, esta, a do avesso, não revela se engole ou regurgita o emaranhado de fios binários metidos na boca: rosa e azul.
Maria Papelão - 2018
fotoperformance
impressão em papel de algodão, adesivado em PS, fixado em chassi de madeira
84x84 cm
descrição do trabalho: Maria Barê brinca de ser Maria Antonieta, adornada com toda a opulência de uma peruca de papelão. A brincadeira revela o desejo de fantasiar-se com o que se tem em mãos, transformar papel em toda sorte de artigos de luxo, perucas vistosas, cílios hiperbólicos.
Terracota - 2019
fotoperformance
impressão em papel de algodão, adesivado em PS, fixado em chassi de madeira
84x56.1 cm
descrição do trabalho: uma bruxa, levada à fogueira, queimou-se e virou cerâmica. Toda a gente acreditou que foi um milagre e a bruxa virou santa, “ave, Terracota!”. No tríptico, a santa drag queen desmembra sua narrativa em três imagens.
Branca de Neve e os Sete Pecados - 2019
fotoperformance
impressão em papel de algodão, adesivado em PS, fixado em chassi de madeira
62x62 cm
descrição do trabalho: Condenada à esquife de cristal, Branca de Neve mordeu a maçã do pecado original e, num estouro, os caquinhos do espelho mágico viraram artigos de luxo para se adornar. Na série, a narrativa é fragmentada em sete imagens.
Trichoptera - 2020
fotoperformance
impressão em papel de algodão, adesivado em PS, fixado em chassi de madeira
59,4x72,8 cm
descrição do trabalho: Trichopteras são insetos que constroem suas próprias casas, pequenos casulos ornamentados do tamanho de seu corpo, onde ficam guardados. O corpo-casa-casca é uma espécie de abrigo portátil, feito para sua proteção, com coisas que o bicho acumula pelo caminho, como detritos orgânicos, grãos de areia, memórias, afetos à distância, fé, unidos com seda. Depois da fase guardada o bicho cria asas.
Schistocerca cancelada - 2020
fotoperformance
impressão em papel de algodão, adesivado em PS, fixado em chassi de madeira
79,2x59,4 cm
descrição do trabalho: a vivacidade e alegria da vida cotidiana de Schistocerca, que não abre mão de seu conforto, e considera ornamental e decorativa a nuvem de gafanhotos que vive na sua cabeça há mais de 100 dias. Quando questionada sobre a praga, Schistocerca diz: “A nuvem é leve e graciosa, não preciso me preocupar, nada sinto”.
MINI BIO
Rafaela dos Santos é artista visual, cenógrafa e figurinista. Nasceu em 17 de junho de 1998, em São Paulo, onde vive e trabalha . Pesquisa a carnavalização, o “brincar de ser”, a criação de máscaras e adereços para se transformar em criaturas imaginárias e narrar histórias. Bacharel em Artes Visuais pela FAAP (2022). Formada em Cenografia e Figurino pela SP Escola de Teatro (2018). Atualmente, é produtora de arte na Blues Content, agência e produtora audiovisual. Expôs os trabalhos "Monalisesgiocondxs" e "Terracota" na 50a e 51a Anual de Artes(2018 e 2019), no Museu de Arte Brasileira (MAB). Os trabalhos “Trichoptera” e “Schistocerca cancelada” foram publicados na décima primeira edição da Revista Desvio, caderno especial Arte e Pandemia (2021). O vídeo “Maritaca” foi exibido na exposição online Janelas da Distopia, promovida pelo Ateliê FORMAqueTRANSFORMA.