paralela EIXO 2024
agendaa
PRISCILLA RAMOS
São Paulo, Brasil.
participa da exposição presencial e virtual
mini bio
Artista visual e pesquisadora do universo das artes. Mestre e Doutora em Artes (2016) pelo Instituto de Artes (UNESP-SP). Em suas investigações visuais mais recentes tem explorado o universo feminino e questões sensíveis que o circundam, como corpo e maternidade. Trabalha com técnicas diversas, entre elas a aquarela, colagem, bordado e fotografia expandida, além da construção de objetos e instalações. Tem participado de exposições coletivas nacionais [Exposição de Arte Bunkyo (SP), XIV Salão Internacional de Artes Visuais SINAP/AIAP (SP), A casa que carrego (RJ), Afetos Insurgentes, Corpos em Conexão (RJ), Salão dos Premiados APBA 2023 (SP), Fotografia Arte Plural (Icon Artes Galeria RJ), Street Photo 2023 (PA), Arte Postal no século XXI (Santo André SP), Mostra de Arte Contemporânea Alegria no Centro Britânico (SP), 3a Mostra na Oposta Arte e Coletividade (Limeira SP), Gestos Cotidianos Rio Grande PhotoFluxo (RS)] e internacionais [Narrativas Portátiles, 2024 (Madri), Prêmio Lebenskunst de Fotografia 2023 (Berlim), e Festival de Las Artes 2023 – Museo de Arte Cañadense (Argentina)].
sobre
Série "MATERNAR"
Este projeto surgiu do desejo de colocar em metáforas visuais questões sobre o maternar. A maternidade é sempre vista como algo sublime e natural da condição feminina, como se fosse algo adquirido biologicamente e não uma construção cultural. Percebo que muitas mulheres atravessam momentos de extrema solidão e passam por muitas transformações durante este período (desde a pré-gestação até o pós-parto). Assim, gostaria de expor a delicadeza e fragilidade dessa fase, pontuando a existência de diversos maternares.
Comecei a explorar a forma do ovo, que traz muitos significados ligados a este universo (óvulo, útero, vida, metamorfose, ciclos). Nas cascas de ovo trago várias interferências relacionadas ao maternar: fotografias, impressões digitais, desenhos e palavras que remetem a este momento de profundas transformações do corpo e da alma. Os ovos são expostos em diversos suportes ou moradas: são os objetos-casa, caixas-casulos, casa-folha. Junto a eles integrei folhagens, cascas de árvores, raízes, sementes e gazes esgarçadas. Também realizei a construção de pequenos casulos feitos com tecidos transparentes, frágeis, transmitindo a efemeridade do momento. Casulos, traduzindo a introspecção, momento muito íntimo da mulher, que se faz casa e morada de um novo ser. Casulo-casa, placenta.
