TRABALHOS
Roupas de Viver/Morrer - 2022
vestido em crepe com marcas de um mês de uso e vestido de crepe nunca usado
40 x 76 cm
sobre: Interessada na mágica do acaso, em "Roupas de Viver/Morrer" fiz dois vestidos iguais, e usei um deles por vários dias (aproximadamente o
período de um mês). Após o período de uso, ao colocar um ao lado do outro, fica evidente que eles se tornaram peças bem diferentes apenas devido aos rastros deixados em seu tecido como as manchas e o próprio desgaste do material. Outra questão que me levou a fazer esse trabalho foi buscar compreender o que significa estar vivo, e que implicações essa condição acarreta. O que está vivo está pronto para receber marcas e se modificar.
The Old Brag Of My Heart - 2022
nanquim sobre papel
hahnemühle 300g
30 x 30 cm
4 fotos e 1 vídeo auxiliar
sobre: A proposta de “The Old Brag of My Heart” é uma pintura que se dá a partir do derretimento da tinta nanquim congelada sobre o papel. São três pedras de gelo com, cada uma com a forma de uma letra. A afirmação I AM aparece nos primeiros momentos em que o gelo ainda está em sua forma inicial, mas com o calor e o tempo ele vai derretendo e deixando apenas a mancha da frase que antes estava ali. As fotos apresentadas na outra página do portfólio são da exposição “A Medida das Coisas” na Casa da Escada Colorida, porém, antes disso realizei esse processo muitas vezes no meu ateliê. Cada vez a imagem que sai no papel foi diferente. Mais uma vez as possibilidades infinitas de gerar manchas que são frutos do acaso e da ação do tempo me instigaram para o desenvolvimento deste trabalho.
A Verdade - 2021
série "fármacos"
36 comprimidos de cores variadas sobre madeira
20 x 25 cm
1 foto e 1 vídeo auxiliar
sobre: “A Verdade” é uma estrofe codificada de um poema meu, onde cada tipo de comprimido corresponde a uma letra do alfabeto. São diversos remédios acumulados ao longo do tempo e iriam ser descartados. Nesta obra, tanto quanto em “Onça Pintada” da mesma série, proponho um diálogo, mas talvez dessa vez literalmente, pois se trata de um texto.
Um Poema Que Eu Escrevi Quando Tinha Dezessete Anos - 2021
10 fotografias instantâneas em filme preto e branco queimadas
5,4 x 8,3 cm (cada)
sobre: O trabalho foi fotografado na câmera instantânea Instax, são 10 fotos no total, visto que essa é a quantidade de poses de um filme do modelo queimadas. “Um Poema Que Eu Escrevi Quando Tinha Dezessete Anos” realmente começou como um poema há 11 anos atrás, cada foto corresponde a um verso.
bloco de notas - 2021
série "Favoritos"
serigrafia sobre papel 250g
tiragem de 12 unidades
25,66 x 44 cm
sobre: “Bloco de Notas” é uma série de prints serigráficos. Nessa obra há uma confluência entre o digital e analógico, pois a arte impressa em serigrafia é uma colagem de capturas de tela do aplicativo bloco de notas. As proporções também são as mesmas que a de uma tela de iPhone, mesmo que expandida. O limite entre o mundo físico e virtual é assunto que move minha pesquisa, principalmente nessa série, “Favoritos”.
MINI BIO
MARINA LAZZAROTTO (1992 - ) nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro - RJ. É formada em Design pela PUC Rio (2016). Artista multidisciplinar, com uma pesquisa que reúne fotografias, colagens, esculturas e pinturas. Foi artista residente na Casa da Escada Colorida no período de abril a setembro de 2022. Participou do grupo de estudos Conversa Voa com os artistas residentes da Casa Voa (RJ). Nos últimos anos tem participação frequente nos cursos de formação livre do Parque Lage (RJ). Em 2021, participou de exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro. Sua poética se desenvolve a partir da investigação de símbolos do cotidiano e da coleção de objetos comuns, os reorganizando e utilizando como suporte para sua produção. Sob um viés autobiográfico, a artista propõe uma comunicação via palavras, códigos ou grafismos que permita que outros sujeitos também decifrem mensagens a partir de suas próprias vivências, conduzindo a uma nova identificação de si mesmo.