paralela EIXO 2024
agendaa
LET COTRIM
Rio de janeiro, Brasil.
participa da exposição presencial e virtual
mini bio
Let Cotrim nasceu em Brasília em 1972, e ama tanto o mar que se dedica à pesquisa acadêmica em Oceanografia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é professora associada, pesquisadora nível PQ2/CNPq e Cientista do Nosso Estado/Faperj.
Fotógrafa autodidata, cresceu cercada por inúmeras fotos de família, até que em 2017 decidiu aceitar o desassossego da criação para misturar arte com ciência e natureza. Desde então, desenvolve um trabalho fotográfico voltado principalmente para paisagens marinhas e questões ambientais em suas expedições científicas, além das formas, detalhes e construções urbanas no Rio de Janeiro e do minúsculo cotidiano através da fotografia macro. Em seu processo de criação também estuda espelhamentos e repetições de formas até a abstração total em fotocolagens.
Aprecia o trabalho de Ernst Haeckel e Karl Blossfeldt, acadêmicos-artistas, além do trabalho de Ansel Adams e Sebastião Salgado. Atualmente fotografa para chamar a atenção de todos para as questões ambientais e climáticas, combinando imagens e textos.
Recebeu Menção Honrosa do Júri Técnico na 8a e 10a edição da mostra “Olhares sobre o Patrimônio Fluminense”, em 2018 e 2020, respectivamente, e vem participando de exposições coletivas no Rio de Janeiro desde 2018 (e.g. Feira Oriente, Galeria Espaço Zagut, Galeria EIXO Arte).
sobre
Série "DUPLOS"
O que você vê quando olha para o espelho? Os duplos se afastam, se aproximam e se refletem, imprecisos e embaçados. Muitas coisas, reais ou fruto da imaginação, cabem no espaço entre o objeto e a sua imagem no espelho. O espelho, objeto aparentemente banal, obedece unicamente às leis da ótica, pura física. Nossos olhos, tal um aparelho ótico, nada mais fazem que levar imagens ao cérebro. Mas até o cérebro mais educado e racional acaba somente mostrando o que gostaríamos de ver, feio ou bonito, nítido ou borrado. Assim, um espelho reflete também a essência, muito além da física pura. Um duplo, um Doppelgänger, que vive preso no espelho. Novas invenções, novas interpretações do mundo são possíveis a partir da imagem duplicada.
Série "PROCELÁRIA"
“É vista quando há vento e grande vaga/Ela faz o ninho no rolar da fúria/E voa firme e certa como bala/As suas asas empresta à tempestade/Quando os leões do mar rugem nas grutas/Sobre os abismos passa e vai em frente/Ela não busca a rocha o cabo o cais/Mas faz da insegurança sua força/E do risco de morrer seu alimento/Por isso me parece imagem justa/Para quem vive e canta no mau tempo.” – Sophia de Mello Breyner
Andresen.
Esta série é totalmente inspirada na poesia “Procelária”, da poeta portuguesa que tão bem soube cantar o mar e o vento. Foi pensando nas aves procelárias, muita delas ameaçadas de extinção, durante uma longa expedição oceanográfica no Oceano Antártico em 2022. Junto às aves, sou uma pessoa que vive e canta no mau tempo, apesar de não saber voar.