paralela EIXO 2023
agendaa
LÉA JULIANA
Distrito Federal, Brasil.
participa da exposição virtual
mini bio
Léa Juliana nasceu em Salvador/BA (1979), morou em São Paulo/SP por 3 anos e, desde 2006, reside e trabalha em Brasília/DF. É artista visual e, desde 2018, cursa Artes Visuais Bacharelado na Universidade de Brasília (Ida/UnB). Participou do Programa de Iniciação Científica (Pibic) da UnB, em 2022, em Arte e Psicanálise, com o artigo "O Corpo Feminino na Arte Contemporânea: pecados, limites e abjeções". Participou da Imersão Poética com Bené Fontelles, promovida pelo Ateliê Helena Lopes, em 2023, e da Residência Artística "DevOrar a Antropofagia", promovida pelo Espaço de Arte Vilarejo 21, em 2022, ambos em Brasília/DF. Participa do grupo Questões Artísticas sob a orientação de Oscar D ́Ambrosio.
sobre
Ser escuta
Composta por 22 peças com composições únicas de peles de pedras e linhas vermelhas. As mãos retiram camadas finas das superfícies das pedras, que foram colhidas durante trilhas pelo Cerrado, e apresentam as formas, cores e texturas que estavam além, por trás da superfície do primeiro contato. Essas camadas são as peles das pedras e, cada uma que nasce, revela um novo lugar com marcas e características únicas.
As peles de pedras são obtidas a partir da aplicação de cola que, após secagem, permite a retirada de camadas com as cores e as texturas originais das pedras. Ao chamar as camadas da pedra de peles, é estabelecida uma relação sensorial entre a artista e a pedra. Ambos são seres vivos que trazem em seus corpos marcas e memórias das suas existências.
A pele é a forma primária de comunicar ao Outro aquilo que se é, de onde vem, e suas singularidades. A retirada delas permite uma aproximação mais profunda do interior da pedra, da sua essência, histórias e marcas há muito tempo realizadas. Cada pele traz superfícies com inscrições dos traços deixados pelo tempo e pelo espaço e, assim como a pele humana, individualiza-se. As linhas vermelhas formam desenhos e direcionam o olhar do espectador, criando relações com as peles que podem representar a busca de um equilíbrio entre aquilo que é fruto das ações da natureza e o que é resultado da ação humana.