paralela EIXO 2023
agendaa
CRISS OLIVEIRA
Rio de janeiro, Brasil.
participa da exposição presencial
mini bio
Criss Oliveira, estilista pelo Senai Cetiqt/RJ, artista visual e artista-educadora pela
UFRJ, vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Seu trabalho busca abrir espaço ao tempo reflexivo, como contraponto necessário à
pressa e urgência exigidas no mundo contemporâneo.
A percepção desse tempo sugerido, seus desdobramentos e a possível
ressignificação das vivências pelo foco no que permanece, contém a potência de sua
pesquisa.
Através das múltiplas linguagens que utiliza, palavras são condutoras de sentido,
silêncios/vazios e linhas mostram-se fundamentais, e também marcantes são as
transparências na composição de sua poética.
Expondo desde o ano 2000 em mostras coletivas presenciais e virtuais, destacam-se
o Salão Novíssimos em 2008 na Galeria de Arte IBEU/RJ e Solar do Jambeiro/ Niterói/
RJ, Zona Oculta – entre o público e o privado/ Cedim/RJ, Salve Jorge/Caza Arte
Contemporânea, Draw Drawing 2/ The Foundry Gallery- Shoreditch/ London Bienalle/
England, Paralela Eixo 2023- pequenos desvios para invenções de mundos/ Galeria
Eixo Reserva/ Niterói/RJ, entre outras.
sobre
Entrelinhas (2021/2022)
Conteúdos imprevistos se entrecruzam em nova construção de sentido, atualizada ao olhar presente.
De determinado livro, ligado indiretamente à certa vivência, retiro fragmentos de frases de modo rápido, por atração aos mesmos, sem no entanto, deter-me ao texto original.
Do material retirado, com a inserção das palavras que por impulso conecto aos trechos, nascem frases fortuitas. Tenho o cuidado de não ‘intelectualizar’ o trabalho.
A intenção é lidar com o intuitivo, não com a elaboração mental. Completando o projeto, percebo a sintonia poética entre as mesmas, ainda que tenham sido criadas aleatoriamente.
Ressignificadas, as conexões sutis/ tênues, acentuadas pela transparência que escolho usar, abrem espaço a outros sentidos, percebidos/ criados por quem as lê.
Gesto (2016/2020)
Qual o alcance do gesto?
Até onde ele chega?
O que atinge?
Será possível domá-lo?
Sob que intenção?
Recuos e avanços pelas possibilidades.
Descortinam acenos viáveis, contidos por limite da ordem do invisível.
Na quietude, ampliam-se os mundos.
Dentro,
universo extenso se esboça irrestrito em jogo ilusório no qual se toca o inefável
instante.
Perfeito por si.
Fora,
névoa e sol. Dança no lúdico encontro.
Qual o alcance do gesto?
Do ato.
Do toque.
No tato.
Instante (2020)
sutil
trajetória segue rumo
no ato
instante retido
pontual
vEr-SE (2020/2021)
Um deslocamento do olhar, na percepção das possibilidades de si, em meio ao contexto aparente. Quanto pode um desvio abrir horizontes? Qual a potência das pequenas alterações de rota?
Será possível conceber novo sentido a partir do aparentemente imperceptível? Qual o alcance do ato?
Desenvolvido em 2020, pausado e concluído em 2021, vEr-SE apropria-se de imagens de outro tempo, espacial e simbólico, e assume a presença da palavra aliada à imagem. Um flerte que tornou-se sério na medida em que conjuga em minha investigação, outros modos de capturar e focar o que julgo inaudível.