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paralela EIXO 2023

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ANDRÉ SOUTO

Rio de janeiro, Brasil.

participa da exposição presencial e virtual

mini bio

André Souto nasceu em 1968, formou-se em Química (1996) e sempre morou e trabalhou no Rio de Janeiro.

Quando criança gostava de confeccionar seus próprios brinquedos e de fazer arte com todo o material ou objeto que encontrava nas ruas e na Natureza, comportamento que marcou sua atividade artística até os dias de hoje.

Foi nessa mesma época que teve o primeiro contato com a técnica do papel machê e se encantou de imediato, principalmente pelas infinitas possibilidades de manuseio que o material oferecia.

O romantismo presente naquela época em que ainda se utilizava o papel machê na confecção das alegorias, fantasias, máscaras e bonecos presentes nas nossas festividades do Carnaval, Folclore e festas religiosas, ficou impregnado no seu modo de fazer arte, de forma que, quando está produzindo entra nesta linha de tempo, revivendo memórias, emoções e sentimentos, trazendo o lúdico e o artesanal para o seu trabalho.

Durante longo tempo, somente papel e cola entravam na composição das suas obras, mas atualmente sua pesquisa está voltada para o aproveitamento de materiais descartados que provavelmente seriam destinados à reciclagem e que compõem a estrutura de sustentação e o design das suas esculturas. Caixas de papelão, vasilhames, embalagens, canos, utensílios, torneiras, registros, madeira, gesso, ferro, plástico, resinas, papel e diversos outros materiais, são a sua matéria prima, tendo sempre a massa de papel como elemento principal de ligação, cobertura, resistência e acabamento.

Suas inspirações surgem de toda parte, de tudo à sua volta, da Natureza, de um objeto jogado na rua, de uma atividade, do trabalho de outros artistas, mas também do seu interior, das questões existenciais. Tem como referências, principalmente artistas contemporâneos, tais como, Olívia Bax (Singapura/ Londres), Monique Lacey (Nova Zelândia), Delson Uchôa (Brasil), Marcos Coelho Benjamim (Brasil), Fernando Velloso (Brasil), entre outros.

sobre

Série "Caixas"

A ideia de fazer esta série de trabalhos surgiu da necessidade de dar uma destinação diferente para uma grande quantidade de caixas de papelão descartadas mensalmente na escola municipal onde trabalho.

Já pensava em uma obra que fosse resultado de intervenções na forma de um objeto visando aproveitar sua estrutura física como suporte, acelerando assim, o processo de produção e deixando que o próprio material conduza, em parte, ao resultado final.

Neste processo, as caixas são recortadas, amassadas, literalmente pisoteadas, remendadas, coladas e dobradas até chegar ao resultado desejado, porém conservando resquícios da forma original da caixa, devido à própria resistência do material. Posteriormente, recebem camadas de folhas de papel e cola, gesso, massa acrílica, massa epóxi, massa de papel e finalmente a pintura e o verniz.

obras disponíveis

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