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# 03   Cadu LACERDA . Corpo.cor

 

"A natureza é um corpo constituído por matérias de expressão.

Pensar é pensar nesse corpo."

(Cadu Lacerda)

 

                                                                                                                                                           

A presente exposição é desenvolvida a partir de um algoritmo matemático computacional criado por Cadu que transforma imagens em códigos de cores. O resultado é apresentado em impressões de Gravura digital | Inkjet print sobre papel Hahnemühle.

 

 

“O corpo que, para os sistemas lógicos, foi entendido como obstáculo da compreensão, na filosofia do pensamento vai ser considerado o objeto do pensamento. O corpo é o impensado... O corpo é o impensado! – porque o corpo carrega com ele as categorias da vida, ao contrário do que foi compreendido durante toda a história do pensamento ocidental, como aquilo que era o obstáculo do pensamento. Isso se chama a reversão da filosofia. A reversão da filosofia se dá na questão do corpo. O corpo deixa de ser um obstáculo para se tornar o impensado. Ou seja – para se tornar o objeto do pensamento. O corpo é a única coisa que tem que ser pensada. Porque o corpo é a própria vida. A ideia de corpo se confunde com a ideia de representação orgânica. Então identificamos corpo com organismo – e não é. Corpo se identifica com organismo enquanto o corpo é o obstáculo do pensamento. Na hora em que o corpo se torna o impensado, o corpo é toda e qualquer matéria de expressão. O corpo é toda e qualquer matéria de expressão – a pedra, o sol, a cor… não importa o quê. A natureza é constituída por matérias de expressão. Isso que eu estou chamando de 'matérias de expressão' é exatamente o que é o corpo. Então, a partir daí, sempre que um pensamento se der – esse pensamento tem que se confrontar com a matéria de expressão.” O pensamento se dá sob o corpo. Pensar é pensar o corpo." Claudio Ulpiano

 

 

 

"Seu trabalho artístico é marcado pelo uso de linguagens variadas e a exploração de novos materiais e suportes.

 

Sua obra é pontuada pela utilização de diversas linguagens visuais e sonoras e na exploração de recursos da tecnologia computacional aliados aos suportes tradicionais. Cria algoritmos matemáticos para captura e processamento de imagens transformando-as em cores, letras e poesia.

 

Em 2011 e 2012, orientado pela Curadora Daniela Labra deslocou seu diálogo visual, para um conceito artístico intitulado por ela, “A Transformação poética das cores”.

 

Tal conceito é utilizado em frases poéticas e filosóficas e a elas é acrescentado um avançado código computacional denominado tecnologicamente como Realidade Aumentada, que permite a composição de imagens reais com imagens virtuais. Numa diferenciação num dos algoritmos, encontrou uma interpretação alterada das letras e cores. A cada letra do alfabeto latino atribuiu a cor de uma escala cromática. Dessa forma desenvolveu outros algoritmos que podem ser processados manualmente ou através de dispositivos computacionais que interpretam as cores das imagens e as transformam em letras. Dessa forma extrai poesia, escrita nas cores dessas imagens.

 

Sua proposta é incorporar o uso de processamentos tecnológicos de comunicação móvel em paralelo à utilização de recursos já consagrados na arte. “As novas tecnologias não significam o fim, mas um meio à disposição da nossa liberdade. São instrumentos que, unidos às técnicas e aos suportes tradicionais, propõem outros espaços repletos de perguntas e respostas.”

Anna Schenka

 

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